segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Raul Sartori, repórter



Ele veio da roça para a capital disposto a mudar a vida, tal como o pai incentivava. E tão logo iniciou a faculdade já viu se abrir uma oportunidade a partir de um concurso para repórter no jornal O Estado. Fez a prova e passou, começando assim uma vitoriosa carreira como repórter, editor e colunista. Era o ano de 1973. Hoje, mais de 50 anos depois, Raul Sartori ainda está na ativa, editando um jornal em Nova Trento e mantendo sua coluna diária na internet.

Como bom italiano ele fala com as mãos. Tudo nele é movimento e vibração. Acredita que como bom repórter, precisa estar sempre atento aos tempos. Por isso não consegue ficar “aposentado”. O trabalho que desenvolve no interior, com um jornalismo voltado à comunidade, é o que lhe dá energia para seguir fazendo o que mais gosta: reportar a vida. 

Raul viveu os tempos de ouro do jornal O Estado, quando o periódico chegava a todas as partes de Santa Catarina, distribuindo quase 50 mil exemplares. Também passou pelos grandes jornalões como Folha de São Paulo, Estadão e Jornal do Brasil, bem como a revista Veja, sempre produzindo reportagens. Chegou a ir para São Paulo convidado pela Folha, mas em um mês decidiu voltar. Sua vida era aqui. E assim tem sido. Agora, mantém com sucesso, em versão impressa – o que é raro – o jornal “O Trentino” e segue auscultando a política catarinense. Parar? Nem pensar. Com a energia de um menino, segue cheio de planos.

Conheça mais sobre a vida e a trajetória de Raul Sartori nesta conversa com a Pobres e Nojentas. Imagens de Felipe Maciel Martínez e fotografias de Rosane Lima. 


terça-feira, 26 de novembro de 2024

Raul Sartori completa 25 episódios do Repórteres SC








O jornalista Raul Sartori é o 25° entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido em Nova Trento, interior de Santa Catarina, passou infância e adolescência trabalhando na roça. Foi um dos irmãos, que trazia livros do seminário para ler nas férias, que o iniciou na paixão da leitura. Tornou-se um leitor compulsivo e logo quis fazer uma faculdade. A escolha foi por Florianópolis e o curso de Ciências Sociais da UFSC. Estava no segundo ano quando decidiu fazer uma prova para jornalista do jornal O Estado (naqueles dias em 1973 ainda não havia o curso de jornalismo na UFSC). Passou na prova e começou sua carreira no mais antigo. 

Raul também foi correspondente dos principais jornais do país como Folha de São Paulo, Estadão e Jornal do Brasil, além da Revista Veja. Também fez (e ainda faz) história como político colunista. Atualmente dirige e produz um jornal impresso na cidade de Nova Trento, seu berço natal. Descobriu ali, no corpo-a-corpo com a comunidade que o jornal local ainda é um veículo extremamente importante para as pessoas. Tanto que quando quis passar o jornal para o formato na internet, foi imediatamente cobrado pela população, fazendo com que voltasse ao papel. Uma experiência extraordinária nestes tempos em que tudo se passa na telinha. 

A conversa será exibida em breve, com mais detalhes da trajetória do jornalista, gravada por Felipe Maciel-Martínez com fotos de Rosane Lima.


quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Marcelo Passamai, repórter



O jornalista Marcelo Passamai é mais um entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, filho único de mãe costureira e pai agricultor, na juventude ele teve uma possibilidade, com o apoio do patrão do pai, de cursar Jornalismo, Direito e Filosofia, mas foi o jornalismo que descobriu para seguir carreira. O primeiro freelancer de Marcelo envolveu uma ocorrência policial e, na sequência, matérias para diversas revistas do Grupo Bloch.   

A mudança para Florianópolis, onde morava um amigo da família, foi em 1988. Aqui, conheceu o jornalista Ney Vidal Filho e foi ele quem o encaminhou para o primeiro emprego. Novo na cidade, Marcelo conta que uma das primeiras medidas foi comprar um mapa daqueles vendidos no banco para se localizar na capital. No Santa, onde conseguiu emprego, emplacou, com o fotógrafo James Tavares, uma matéria de grande repercussão sobre a falta de segurança dos trabalhadores que construíram a segunda ponte. A parceria frutífera com repórteres fotográficos para furos jornalísticos aparece em vários momentos da trajetória de Marcelo.

A oportunidade apareceu e ele aceitou a função de setorista na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Os colegas ali conheciam bem a vida política e, para dar conta do desafio do trabalho, Marcelo frequentava a Biblioteca Pública para ler notícias pregressas sobre os deputados e as decisões da Casa. Um episódio marcante daquele tempo contado por ele se referiu às consequências da greve de jornalistas, demitidos e com nomes estampados na capa do jornal.

A experiência na Alesc abriu portas para trabalhos posteriores no Diário Catarinense e em assessoria de imprensa. Um marco na trajetória de Passamai foi a criação da ANCapital, caderno que circulou em A Notícia que época marcou por cobrir o cotidiano da Grande Florianópolis e reuniu uma equipe de bons jornalistas. Hoje assessor da Polícia Militar de Santa Catarina, Marcelo também tem no currículo experiência como professor universitário e autor de livros. 

Confira a conversa sobre a caminhada do jornalista gravada por Felipe Maciel-Martínez com fotos de Rosane Lima.


quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Repórteres SC entrevista Marcelo Passamai







O jornalista Marcelo Passamai é mais um entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, onde se formou e iniciou a carreira, ele mudou-se para Santa Catarina no final dos anos 1980, tendo trabalhado em diferentes veículos de comunicação de Florianópolis e em assessorias de imprensa, tanto do governo estadual como da prefeitura de Florianópolis.

Hoje assessor da Polícia Militar de Santa Catarina, Marcelo esteve à frente de um projeto que marcou época no jornalismo catarinense. Na entrevista, ele fala sobre aquele projeto, narra coberturas que marcaram sua trajetória e destaca ricos episódios de parceria com repórteres fotográficos. 

A conversa será exibida em breve, com detalhes da caminhada do jornalista gravadas por Felipe Maciel-Martínez com fotos de Rosane Lima.

A nossa equipe agradece a Polícia Militar pela cessão do espaço para gravação.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Renata Rosa, repórter




Renata Rosa é repórter de intensa caminhada no jornalismo catarinense. Nascida em Itajaí, saiu da cidade para cursar jornalismo na capital. E em Florianópolis trabalhou em quase todos os veículos, impressos ou televisivos. Mais tarde foi para São Paulo onde atuou como assessora de imprensa e também como pesquisadora no projeto “Gente que faz”, uma série de grande sucesso reproduzida pela TV Globo que apresentou o perfil de importantes lutadores sociais de vários cantos do país. 

Inquieta, Renata circulou pela Europa e depois voltou para Itajaí, atuando no mais importante jornal diário da região, o famoso Diarinho. Ali, entre idas e boas-vindas, já completou 20 anos, sempre atento aos temas importantes da cultura da cidade. Atualmente atua como freelance produzindo reportagens para cadernos especiais deste que é, provavelmente, o único jornal impresso diário em circulação no Estado. 

Durante a pandemia, indignada com mentira tantas divulgadas pelo então chamado “gabinete do ódio” Renata decidiu criar um canal no Youtube onde produzia reportagens em vídeo, nas quais buscava oferecer informações seguras para a população, tanto sobre o andamento da pandemia quanto sobre o combate à desinformação. Confira aqui: https://www.youtube.com/@jornalistarenatarosa4205

Trabalhando com jornalismo no interior, onde a relação profissional com a população é ainda mais próxima, ela revela que teve muita dificuldade para exercer a função de repórter durante o governo de Bolsonaro. Naqueles dias as pessoas, que sempre viram os repórteres como heróis lá em Itajaí, porque o jornal sempre foi muito crítico, passaram a hostilizá-los a partir das provocações do presidente.  

Como a maioria dos jornalistas Renata sente a dificuldade de se manter no mercado. A informação circula rapidamente pelas redes sociais e pelas empresas que desejam outro tipo de profissional. Ainda assim, ela acredita que o jornalismo é cada vez mais necessário pois, mais do que informação, há que produzir conhecimento aprofundado e contextualizado. 

Conheça agora a sua trajetória e o seu pensamento sobre a profissão. Com imagens de Felipe Maciel Martínez e fotos de Rosane Lima. Agradecemos a companheira Roseméri Laurindo que trouxe a Renata de Itajaí. 


quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Renata Rosa é a 23ª entrevistada do Projeto Repórteres SC








Renata Rosa é nascida na cidade de Itajaí, litoral de Santa Catarina. Formado pela UFSC atuou em vários jornais da capital. Esteve por dois anos na produção do programa "Gente que Faz", viajando por todo o país atrás de boas histórias. Apesar de ter sido sempre muito apaixonado pela televisão a vida se encarregou de levá-la para o texto, que foi lapidando com o tempo.

Depois de viajar pela Europa e experimentar a paulicéia Renata voltou para Itajaí onde passou a escrever para um dos mais importantes jornais da região, o Diarinho, conhecido por sua proposta de jornalismo popular. Dirigido pelo lendário Dalmo Vieira este jornal fez e ainda faz história na cidade, sendo hoje muito provavelmente o único jornal impresso diário de Santa Catarina. 

Entre idas e boas-vindas no Diarinho Renata Rosa hoje ainda trabalha com o jornal, produzindo reportagens e cadernos especiais. Também mantém um canal no Youtube, o qual foi criado durante a pandemia para combater as mentiras que brotavam aos milhares. Seu compromisso é com a reportagem, o pé na rua e o jornalismo de qualidade. 

A conversa com Renata Rosa será exibida em breve trazendo a riqueza de sua caminhada, bem como o desafio de trabalhar com jornalismo no interior. Com gravação de Felipe Maciel Martínez e fotografias de Rosane Lima. 

Agradecemos à jornalista Roseméri Laurindo que possibilitou o encontro, garantindo a vinda de Renata desde Itajaí.  

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Roseméri Laurindo, repórter

 


A jornalista Roseméri Laurindo é a 22º entrevistada do Projeto Repórteres SC. Nascida em Blumenau, filha de operários do setor têxtil e de cristais, ela recorda de um dos primeiros contatos com a escrita: ficar em primeiro lugar em um concurso de redação sobre o Dia das Mães organizado por um loja local. 

As primeiras experiências em jornalismo, com uma passagem prévia por agência de publicidade, foram no Jornal de Santa Catarina, o Santa, na sucursal de O Estado em Blumenau e na assessoria de imprensa da Universidade Regional de Blumenau (FURB).

Em 1985, com a mudança para Florianópolis para estudar Jornalismo na UFSC, continuou a trajetória no Santa e no jornal O Estado, destacando-se na cobertura política como setorista da Assembleia Legislativa. Foi o período no qual também se envolveu com as lutas do Sindicato dos Jornalistas por valorização da profissão. 

Novos desafios profissionais a levaram para Maceió e Salvador, onde trabalhou em jornal e assessoria de imprensa. O ciclo se fechou com o retorno à cidade natal para novamente atuar na FURB, onde coordenou a criação do Curso do Jornalismo, com 10 anos completados em 2023.

A carreira acadêmica no mestrado em Salvador e no doutorado em Portugal inclui passagens como professora na Unidavi, em Rio do Sul, e no Instituto Blumenauense de Ensino Superior (Ibes), em Blumenau. Roseméri também é autora de vários livros, entre os quais se destaca "Jornalismo em três dimensões - singular, particular e universal", resultado de sua tese doutoral, no qual apresenta o conceito de jornalista-autor e jornalista-marca. 

Atualmente, a entrevistada integra a Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e a diretoria da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (Abej).

Confira a conversa, gravada por Felipe Maciel-Martínez com fotos de Rosane Lima.


Raul Sartori, repórter

Ele veio da roça para a capital disposto a mudar a vida, tal como o pai incentivava. E tão logo iniciou a faculdade já viu se abrir uma opor...