O jornalista Moacir Loth é o 33º entrevistado do projeto Repórteres/SC. Nascido em Blumenau, ainda menino já ajudava a família na lida na roça e foi com a mãe o aprendizado da leitura. Na escola, tirava boas notas em redação e recorda que o primeiro livro lido era sobre regras gramaticais.
Uma de suas saborosas histórias é a chegada, jovenzinho, ao Jornal de Santa Catarina, o Santa, no qual fez carreira de office boy a repórter e editor. Foi ali que ele protagonizou possivelmente uma das primeiras iniciativas no país de uma editoria dedicada exclusivamente ao meio ambiente. Em 1978 e 1979, havia duas páginas inteiras sobre o tema no Santa, publicadas nas edições de fim de semana com edição de Moacir com o então diretor da Acaprena no cargo da presidência, Nélcio Lindner.
A vida a Florianópolis foi para ingressar no curso de Ciências Sociais na UFSC e, na capital, Moacir continuou a trajetória no Santa. O engajamento político-sindical custou-lhe três demissões e igual número de reintegrações na justiça. No currículo, passagens pelo jornalismo sindical e também no Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, onde foi diretor, integrante da Comissão de Ética e ainda diretor de base da Federação Nacional dos Jornalistas.
O ingresso como servidor público na Universidade Federal de Santa Catarina, com passagem pela Agência de Comunicação e pela Editora da UFSC, marca uma nova fase da trajetória de Moacir, com reconhecimento pela Política Pública de Comunicação que orientava a produção do então impresso Jornal Universitário.
Dono de um texto marcante, Moacir se destaca pelo fino humor, sempre presente, seja nas reportagens ou nos aforismos.
Na entrevista, ele fala sobre as iniciativas editoriais e reportagens que marcaram sua carreira e avalia o jornalismo hoje em Santa Catarina. As imagens são de Rubens Lopes.
segunda-feira, 17 de novembro de 2025
Moacir Loth, repórter
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Sibyla Loureiro Goulart, repórter
Sibyla nasceu em Porto Alegre e lá viveu, na beira do Guaíba, até o final dos anos 1970, quando, já formada em jornalismo, mudou-se para Florianópolis. Naqueles dias pouco havia de espaço para trabalho por aqui e ela acabou voltando para a capital gaúcha para atuar junto ao mandato do João Vicente Goulart, filho do Jango, eleito deputado. Pouco tempo depois retornou, atuando como freelance para revistas e outros periódicos de fora.
Foi só quando o Diário Catarinense se instalou em Florianópolis que ela conseguiu um trabalho fixo. Ali ficou por uma década até que, junto com o marido, Barão, decidiu enveredar pelo caminho do jornalismo comunitário criando a Folha de Coqueiros em 1995, jornal impresso e de distribuição gratuita. A praia da Saudade, em Coqueiros, foi sua primeira morada na capital e ela ali está até hoje, pena em punho, sempre atenta às mudanças e às histórias da comunidade.
Neste episódio do Repórteres/SC Sibyla fala de sua trajetória, dos desafios de reportar a vida do bairro, a experiência de vivenciar as mudanças no jornalismo nos 50 anos de profissão e os planos para o futuro. Seguir com a Folha de Coqueiros – há 30 anos reportando o bairro - é o principal.
As imagens são de Rubens Lopes.
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Billy Culleton, repórter
O jornalista Billy Culleton é o 31º entrevistado do projeto Repórteres/SC. Nascido em Buenos Aires, mudou-se para Santa Maria (RS) para estudar primeiro Filosofia e depois Jornalismo, decisões amadurecidas em vivências na Pastoral Carcerária do município gaúcho e que também levou a viagens Brasil fora e às primeiras experiências jornalísticas.
A vinda para Florianópolis foi em 1993, com ingresso no Diário Catarinense, consolidando carreira como repórter e editor de política em um período no qual as empresas mantinham setoristas para acompanhar de perto os três poderes. No DC, a partir de uma nota lida no Jornal do Brasil, viajou com o repórter fotográfico Daniel Conzi para a produção de uma reportagem sobre as circunstâncias da morte de João Goulart que municiou os trabalhos de Comissão Especial na Câmara dos Deputados entre 2000 e 2001. Tudo num tempo em que a internet era incipiente e a busca por fontes se fazia nas velhas listas telefônicas.
Ao mesmo tempo, concluiu o mestrado pela UFSC, exerceu a docência durante 14 anos nos cursos de Jornalismo da Unisul, Universidade Federal de Santa Catarina e Centro Universitário Estácio SC. Com a saída do DC, até 2018 Billy foi assessor de comunicação em órgãos como o Tribunal Regional Eleitoral de SC e a Procuradoria Geral do Estado. De ascendência irlandesa, ele aproveitou viagens às terras europeias para fazer reportagens publicadas pela Carta Capital.
Em 2019, Billy criou o Portal Floripa Centro, que traz notícias do cotidiano e reportagens históricas sobre Florianópolis, constituindo acervo valioso de um jornalista conectado com a vida e as diretrizes nascidas de um corpo a corpo com a rua. Atualmente ele é gerente de Comunicação do Porto de São Francisco do Sul e tem à vista os projetos de retomada do Portal Floripa Centro e as investigações sobre a morte de Jango. Na entrevista, ele também fala sobre autores que influenciaram seu trabalho e analisa o cenário atual do jornalismo catarinense.
A gravação e as fotos são de Rubens Lopes.
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Ivani Borges, repórter
A jornalista Ivani Silveira Borges é a 30ª entrevistada do projeto Repórteres/SC. Nascida em Porto Alegre (RS), ela registrou que uma de suas referências na escrita era o avô paterno, que colaborava para um jornal de Pelotas. Formada pela PUC/RS, teve professores que fizeram história no estado, como Antônio Gonzáles.
A mudança para Santa Catarina foi em 1975 para fazer parte da equipe do Santa, em Blumenau. Em Florianópolis, parte expressiva de sua trajetória foi em O Estado e em assessorias de imprensa em órgãos públicos de educação estadual.
Na entrevista, Ivani relembra episódios de sua trajetória, mas um deles ela contou na conversa mantida depois da gravação. Quando o cantor Gilberto Gil foi preso em Florianópolis por causa de um cigarro de maconha e outra pequena porção da droga, durante a passagem da turnê dos Doces Bárbaros pela capital em 1976, ela foi escalada para cobrir o depoimento do artista: “A entrevista que fiz foi quando eles levaram Gil e o baterista Chiquinho Azevedo para o Hospital São Sebastião dois dias depois. Tinha correspondentes de vários jornais do país e só eu de jornal de Santa Catarina, pelo O Estado. E Gil disse que só receberia o jornalista do jornal local. Não pôde entrar o fotógrafo. Gil estava tranquilo e até paparicado pelas enfermeiras, que fizeram pinhão para ele, ele não conhecia”.
Segundo Ivani, o que mais a satisfazia como repórter era denunciar as injustiças sofridas pelas pessoas, como os sem-terra, e pressionar as autoridades a dar soluções.
Na entrevista, Ivani também fala sobre a experiência de, já aposentada, trabalhar com o repórter fotográfico Orestes Araújo no Jornal de Barreiros, referência no jornalismo de bairro no estado, e de seus planos futuros de escrever livros.
A gravação e as fotos são de Rubens Lopes.
quarta-feira, 9 de julho de 2025
Jurandir Silveira, repórter
Trabalhou nos grandes jornais do Rio Grande do Sul, como Correio do Povo e Zero Hora, e do Rio de Janeiro (O Dia e Jornal do Brasil). Ainda no Rio Grande do Sul, presidiu a Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos e integrou a direção do Sindicato dos Jornalistas. Foi sócio da Agência Objetiva Press Fotografia e Notícias e, em Santa Catarina, foi editor de fotografia no Diário Catarinense, sendo relatado por uma geração de repórteres fotográficos que passaram pelo então principal veículo do grupo RBS no estado. No DC, reformulou o setor de fotografia. Um destaque na trajetória de Jurandir é a riqueza de experiências profissionais enquadradas em diferentes contratos e relações de trabalho.
É um fotógrafo premiado tanto no Brasil quando fora.
Na entrevista, ele fala sobre sua trajetória, as viagens pelo Brasil e exterior, entre as coberturas de Copas do Mundo e eleições em países da América Latina, e conta detalhes sobre fotografias e coberturas que distinguiram seu trabalho, como a da ocupação da Fazenda Anonni (Sarandi, RS), em 1985, um marco na história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil.
Hoje aposentado e morando no Estreito, Jurandir gosta de fotografar a natureza.
A gravação e as fotos são de Rubens Lopes.
segunda-feira, 7 de julho de 2025
Jurandir Silveira no 29º episódio de Repórteres SC
O fotógrafo e editor de fotografia, Jurandir Silveira é o 29º entrevistado do projeto Repórteres/SC. Nascido em Porto Alegre (RS), desde pequeno gostava de ver as fotografias nos jornais e iniciou na carreira como gráfica.
Trabalhou nos grandes jornais do Rio Grande do Sul, como Correio do Povo e Zero Hora, e do Rio de Janeiro (O Dia e Jornal do Brasil). Em Santa Catarina, foi editor de fotografia do Diário Catarinense, sendo relatado por uma geração de repórteres fotográficos que passaram pelo então principal veículo do grupo RBS no estado.
Na entrevista, Jurandir fala sobre sua trajetória, as viagens pelo Brasil e exterior e conta detalhes sobre fotografias e coberturas que marcaram seu trabalho, como a da ocupação da Fazenda Anonni (Sarandi, RS), em 1985, um marco na história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil.
O vídeo está em edição e será divulgado com mais detalhes da trajetória de Jurandir. As imagens são de Rubens Lopes.
terça-feira, 10 de junho de 2025
Milton Ostetto, repórter
Milton Ostetto nasceu em Nova Veneza, Santa Catarina, e desde bem pequeno já desfrutava da beleza da imagem. É que seu pai era dono do cinema da cidade e ele podia assistir filmes de todo tipo. Aquilo lhe aguçou o olhar. Mais tarde veio morar em Florianópolis onde cursou a faculdade de Engenharia, mas sempre perseguindo a fotografia. Não descobri os estudos, mas andei por aí fotografando.
Na turbulenta década de 1980 já circulava nos espaços do jornalismo alternativo, convivendo com figuras como Eloi Galotti e Dario de Almeida Prado, este, um ás da fotografia. Apaixonado pela imagem batalhava para ter sua própria máquina, naqueles dias coisa muito cara, e arriscava-se na fotografia com máquinas emprestadas pelo jornalista Celso Martins, usando pontas de filme de outros colegas fotógrafos, sempre caçando a luz.
Primeiro, voltou-se para a natureza, afinal Florianópolis é um prato cheio. Mas, seu espírito rebelde logo encontrou as gentes. Sua câmara passou a buscar a lida dos pescadores, as passeatas, os atos, as lutas dos trabalhadores. Não foi um repórter clássico, com emprego em jornais ou TV. Mas, passou a vida toda registrando a luta social.
Ainda hoje, em qualquer manifestação que se vá, lá está ele, colado na máquina, registrando tudo e logo disponibilizando seu trabalho para potencializar a luta. É assim que ele reporta a vida, mas não qualquer vida: a vida do trabalhador. Também é o criador do Varal da Trajano, que leva a fotografia para a rua, onde ela pode ser vista por todos.
É a realidade do povo em luta que ocupa seu ser.
Neste vídeo, um pouco de sua história e do seu trabalho. Com imagens de Rubens Lopes.
Moacir Loth, repórter
O jornalista Moacir Loth é o 33º entrevistado do projeto Repórteres/SC. Nascido em Blumenau, ainda menino já ajudava a família na lida na ro...
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Déborah Almada nasceu no coração de Porto Alegre, bairro Menino Deus, considerado o mais antigo da cidade. Viveu toda uma infância feliz. Qu...
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