Imara Stallbaum quando fala é pura paixão. Paixão pela vida, pelo jornalismo, pela reportagem. Mexe os braços, abre os imensos olhos, troveja e dá risada. Ela é a sétima entrevistada do Projeto Repórteres SC a traduzir em quase uma hora de conversa uma vida inteira.
Nascida em Porto Alegre e começando sua caminhada no jornalismo sem muitas certezas ela foi se construindo repórter na prática cotidiana. Bebeu conhecimento na faculdade, mas principalmente na parceria com outros colegas mais experientes. Andou pelas estradas do Rio Grande e depois veio para Santa Catarina onde passou pelo mais antigo, O Estado, e também pelo Diário Catarinense.
Amealhou vivências e prêmios, sempre conectada com a vida real. Foi também nos caminhos do jornalismo que conheceu seu grande amor, o Mafalda, companheiro de décadas e é com ele que ainda percorre as veredas do estado fazendo matéria. Reverencia sua trajetória e amiúde se emociona com as lembranças. Recomenda aos jovens que gostem de gente, porque sem isso não pode haver bom jornalismo. E deixa bem claro que ainda tem pautas demais no seu caminho, por isso segue firme no trabalho, ora divulgando ciência, ora as lutas ambientais ou simplesmente as gentes.
Acompanhem esse papo, eivado de energia, alegria e belas memórias.
Já está em edição a sétima entrevista do Projeto Repórteres SC, desta vez com a repórter Imara Stallbaum, que começou a carreira em Porto Alegre e, em Santa Catarina, passou pelo Diário Catarinense e O Estado, tendo ainda trabalhado em uma série de veículos no país em diferentes editorias.
Além das redações, Imara foi professora de redação jornalística em três diferentes cursos aqui no Estado entre 2000 e 2007 e recebeu uma série de prêmios por suas reportagens especiais, destacando-se no jornalismo investigativo, cientifico e ambiental, atuando também em agência, a Mafalda Press.
Durante a entrevista, o registro da repórter fotográfica Rosane Lima e, na filmagem, o jornalista Rubens Lopes de Souza, com presença do fotojornalista e repórter Antonio Carlos Mafalda, que acompanhou o trabalho. Aguardem que vem narrada mais uma bela trajetória de quem fez e faz jornalismo em Santa Catarina.
Já está no ar mais um episódio da série Repórteres/SC, com o depoimento do jornalista Celso Vicenzi. Ele conta a história do gurizinho que queria ser jogador de futebol e escrever humor, mas que acabou encontrando a estrada do jornalismo. Leitor dos clássicos da literatura, apaixonado pela palavra, o caminho trilhado encontrou a reportagem, esse gênero do jornalismo que exige estofo e trabalho pesado.
Ele relembrou grandes coberturas e deu boas dicas para a geração que hoje está começando no jornalismo. Depois, fora da cena, como a vida é rica e cheia de memórias, deixou registrada uma nova leva de lembranças:
- a série de matérias com a Família Schurmann, com quem passou 45 dias entre a Argentina e o Chile, na segunda volta ao mundo que fizeram. E foi no período a segunda pior tempestade, ventos de 80 km/h durante 12 horas e rajadas de até 100 km/h.
- a série de reportagens para o Diário Catarinense sobre a violência contra a mulher, em que usou nas capas imagens impactantes de Picasso, Munch, Dali, Magritte, Debret e Delacroix, entre outros. E na contracapa apareciam obras de Mondrian. Nos quadrados e retângulos coloridos, colocava um resumo dos BOs de violências praticadas contra as mulheres, só com as iniciais delas e dos agressores.
- a experiência de pauteiro da TV Barriga Verde, quando foi implantada em Florianópolis, e fazia parte da equipe, para quem fez muitas pautas, a jornalista Sônia Bridi, que veio a se tornar uma das grandes repórteres de TV do Brasil, com atuação na Rede Globo.
- a referência à Renan Antunes de Oliveira como exemplo de um grande jornalista de texto. Renan ganhou o Prêmio Esso de Reportagem de 2004, sobre o suicídio do filho de um importante político do RS. “Uma aula de jornalismo”, destacou Celso. O nome da matéria é "A tragédia de Felipe Klein". Vale a pena conferir, além do livro que Renan escreveu sobre as suas principais reportagens.
- a referência às muitas exposições fotográficas quando esteve à frente do Sindicato dos Jornalistas de SC (SJSC), sendo uma delas, no CIC, a World Press International, a maior do mundo, e os 20 anos da Agência Gamma, uma das três maiores do planeta.
- Também no CIC, mencionou a exposição dos principais cartunistas brasileiros com show da banda "Muda Brasil Tancredo Jazz Band", com os irmãos Paulo e Chico Caruso, Luis Fernando Verissimo e Reynaldo (do Casseta e Planeta).
- Esse período do Sindicato foi tão intenso que acabou integrando o livro da professora doutora Ilse Scherer-Warren em co-autoria com Jean Rossiaud, intitulado "Democratização em Florianópolis: resgatando a memória dos movimentos sociais". Dez pessoas foram ouvidas no livro, Celso uma delas, como presidente do Sindicato, junto com o padre Vilson Groh, Luci Choinacki, Clair Castilhos, João Carlos Nogueira e outros.
- Mencionou os bons tempos dos frilas, que não existem mais. Celso escreveu durante cerca de uma década para a revista Visão e colegas de redação eram correspondentes da Veja, Folha de S. Paulo, Estadão, Jornal do Brasil, O Globo, Revista Placar e outras.
A equipe de gravação contou com a jornalista Elaine Tavares, Felipe Maciel Martínez na câmera e a repórter fotográfica Rosane Talayer de Lima no registro da atividade. Seguimos!
Nesta semana gravamos mais um episódio da série que busca eternizar a memória de repórteres que fizeram e fazem a história do jornalismo em Santa Catarina. Desta vez foi com um dos jornalistas mais importantes da capital, seja na sua jornada como repórter, editor e escritor ou na sua ação política e sindical: Celso Vicenzi.
Na sombra do belo palácio Cruz e Sousa, Celso falou de sua infância, sobre como chegou ao jornalismo, sua caminhada como repórter e editor. Relembrou grandes coberturas e deu boas dicas para a geração que hoje está começando no jornalismo. Depois, fora da cena, como a vida é rica e cheia de memórias, lembrou da sua aventura no mar com a Família Schurman, das inúmeras exposições fotográficas que o Sindicato dos Jornalistas, sob sua presidência, promoveu, as exposições dos trabalhos dos cartunistas e os bons tempos dos frilas, que já não existem mais, quando trabalhou para a Revista Visão, e outros colegas na Veja, Folha de São Paulo, o Estadão, Jornal do Brasil, O Globo, Revista Placar e outras.
Durante a entrevista que em breve será divulgada, o registro da repórter fotográfica Rosane Lima, capturando com a delicadeza de seu olhar as diversas nuances da contação de histórias desse grande nome do jornalismo catarinense. Na filmadora, o nosso compa Felipe Maciel Martínez. Aguardem que já sai mais um belo depoimento do projeto repórteres.